Nada é mais gratificante para a família que ver seu filho fazendo gracinha, sentando sozinho, andando, falando, etc... só que tudo tem seu tempo e hora certa. Não se deve queimar etapas. Muitas vezes a criança é estimulada precocemente porque seus pais ficam ansiosos em mostrar o que a criança já sabe ou pode fazer. A independência e estimulação da criança deve estar relacionada com sua idade, e adequada com suas condições físicas e psicomotoras. Por isso, produtos feitos para crianças são projetados e adaptados de acordo com a idade, como por exemplo: mordedores, mamadeiras com colher, andador com telefone, tapetes de encaixe e, por aí vai. A medida que ela cresce, vai experimentando e desenvolvendo possibilidades em lidar com situações novas de tudo que lhe é oferecido e que está ao seu redor. É aí que começa o trabalho e a disponibilidade da família em compartilhar com a criança suas descobertas. Um bom exemplo disso, é quando aprende a comer sozinha. Numa fase anterior, a criança precisou levar o dedo ou um brinquedo na boca, assim, ela aprendeu que pode coordenar seu movimentos para levar a colher até a boca e que isso dependerá dela. Tarefa difícil para quem tem que acertar a pontaria sem deixar cair um ou muitos grãozinhos. Tarefa difícil também, para quem tem que, vira e mexe, limpar todos esses grãozinhos do chão. Além da angústia da bagunça, a mãe fica preocupada em saber se isso é natural e se seu filho está bem alimentado. Então o que fazer? O melhor, é usar duas colheres: uma para a criança aprender e a sua para alimentá-la e ensiná-la a comer.
Essa participação acontece em todas as fases como sentar, falar, com os cuidados pessoais. Quando bem vivida essas fases, passam a ter uma relação de troca muito agradável para a criança e igualmente para quem está cuidando dela. Em geral, famílias ansiosas dificultam a criança a tornar-se independente porque tendem a fazer por ela, aquilo que ela pode fazer sozinha, embora de forma desajeitada. A criança independente relaciona-se melhor com o mundo, por isso, na menor manifestação de interesse da criança em fazer algo sozinha, os pais devem incentivá-la, ao invés de querer fazer por ela e nem exigir perfeição. Curta seu filho e, acredite no seu bom senso.
Mirene F. M. A. Marques
Psicóloga
Fonte: http://guiadobebe.uol.com.br
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