Luma D. {Scraps e Assinaturas}

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Oi pessoal
Estou um pouco parada esses dias, pois estou com faculdade e trabalhos por fazer.
Deixem seus comentários sobre o que vocês querem ver aqui
Abraços

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

TODOS CONTRA A DENGUE


Desenvolvemos um pequeno projeto com as crianças da Escola onde trabalho e, como culminância do projeto elaboramos um pequeno livro alertando sobre os cuidados e prevenções do mosquito.
Segue abaixo as atividades, elas não estão em boa qualidade, pois foram scanneadas, mas dá pra ter uma boa idéia.
Aproveitem e copiem a vontade.









quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Doras e Carmosinas

Esse texto é simplesmente lindo!!! Quem o escreveu foi a atriz Fernanda Montenegro, após ter interpretado Dora, em Central do Brasil. Leiam vale a pena!!!

Há momentos em que os anos vividos nos obrigam a olhar em volta e fazer uma revisão de perdas e danos. Eu sou resultado de muitas influências e convivências. Centenas de companheiros e personagens me formaram e me educaram. Acho que foi na educação primária que tudo começou. Ao trabalhar o mundo da professora Dora, personagem que interpretei em Central do Brasil, fui buscar na memória minhas primeiras professoras. Credenciadas, respeitadas, prestigiadas, professoras de escolas públicas que freqüentei, no subúrbio do Rio de Janeiro.
Me lembro com muito carinho de dona Carmosina Campos de Menezes, que me alfabetizou. Mais do que isso, me ensinou a ler, o que é um degrau acima da alfabetização. Naquele tempo as professoras se chamavam Carmosinas, Afonsinas, Ondinas. Busquei na memória a figura de dona Carmosina para me aproximar de Dora. E vi como seria trágico se a minha tão amada Carmosina viesse a se transformar, por carências existenciais e sociais, na endurecida e miserável Dora. Foram essas perdas que me deram o tom para a cena final, quando Dora escreve "tenho saudade de tudo". Entre Carmosina e Dora lá se vão 60 anos.
Penso que minha vocação de atriz foi sensibilizada nas leituras em voz alta. As primeiras coisas que decorei na vida foram dois poemas que dona Carmosina mandou (é essa a palavra, mandou) que decorássemos nas férias de dezembro: Meus Oito Anos, de Casimiro de Abreu, e Canção do Exílio, de Gonçalves Dias. Na volta das férias naquele ano de 1937, eu declamei: "Oh! Que saudades que eu tenho da aurora da minha vida, da minha infância querida que os anos não trazem mais."
Vi muitos Brasis entre esses meus 8 anos, os 8 anos do poeta e essas duas mulheres: Carmosina e Dora. Sou atriz e confesso a minha deformação profissional: esse sentimento de perdas, essa nostalgia, me ajudou a resgatar o emocional da desprotegida e amarga Dora ao intuir que dentro dessas Doras desiludidas existe sempre uma Carmosina à espera de um ombro e de um socorro. Precisamos de muitas Carmosinas e, se possível, nenhuma Dora. Eu tenho um sonho (parodiando o notável reverendo americano) de que um dia todas as desesperadas Doras serão resgatadas desses ônibus perdidos que atravessam nosso sertão de miséria e que a elas será dada nem que seja uma parcela daquele reconhecimento e respeito social das professoras Carmosinas da minha infância. Doras com visão de futuro, com auto-estima, economicamente ajustadas. Professoras Doras inventivas, confiantes no seu Magistério para que possam ser amadas como seres humanos e por que não? Como personagens também.

domingo, 3 de agosto de 2008

Trava-Línguas

Trata-se de uma modalidade de Parlenda. É uma arrumação de palavras sem acompanhamento de melodia, mas às vezes rimada, obedecendo a um ritmo que a própria metrificação lhe empresta. A finalidade é entreter a criança, ensinando-lhe algo. No interior, aí pela noitinha, naquela hora conhecida como “boca da noite”, as mulheres costumam brincar com seus filhos ensinando-lhes parlendas, brinquedos e trava-línguas. Uma das mais comuns é a elas ensinam aos filhos apontando-lhes os dedinhos da mão – Minguinho, seu vizinho, pai de todos, fura bolo e mata piolho. Cascudo (Literatura Oral no Brasil , 1984 ) incluiu o trava - língua nos contos acumulativos , seguindo a classificação de Antti Aarne / Stith Thompson , com o que não concorda Almeida ( Manual de coleta folclórica , 1965 ) , dizendo que os trava-línguas muitas vezes não são estórias , mas jogos de palavras difíceis de serem pronunciadas. São antes brincadeiras .
Todos os trava-línguas são propostos por fórmulas tradicionais, como : ''fale bem depressa ''; ''repita três vezes '' ; ''diga correndo '', e similares. O importante no trava-língua é que ele deve ser repetido de cor , várias vezes seguidas e tão depressa quanto possível . Lido, e devagar, perde a graça e a finalidade Trava-línguas:

O peito do pé do pai do padre Pedro é preto.
A babá boba bebeu o leite do bebê .
O dedo do Dudu é duro
A rua de paralelepípedo é toda paralelepipedada.
Quem a paca cara compra , cara a paca pagará
O Papa papa o papo do pato .
Farofa feita com muita farinha fofa faz uma fofoca feia
Norma nina o nenê da Neuza
A chave do chefe Chaves está no chaveiro .
Sabia que a mãe do sabiá sabia que sabiá sabia assobiar?
Um limão , dois limões , meio limão .
É muito socó para um socó só coçar!
Nunca vi um doce tão doce como este doce de batata-doce! O
padre pouca capa tem, pouca capa compra .
Chega de cheiro de cera suja !
É preto o prato do pato preto
Bagre branco ; branco bagre Um tigre , dois tigres , três tigres.
Três tristes tigres trigo comiam.

A ARANHA E A JARRA
Debaixo da cama tem uma jarra.
Dentro da jarra tem uma aranha.
Tanto a aranha arranha a jarra,
Como a jarra arranha a aranha.

A LARGATIXA DA TIA
Larga a tia, largatixa!
Lagartixa, larga a tia!
Só no dia em que a sua tia
Chamar a largatixa de lagartixa.

CAJU
O caju do Juca E a jaca do cajá.
O jacá da Juju
E o caju do Cacá.

LUZIA E OS LUSTRES
Luzia listra os Lustres listrados.

MALUCA
Tinha tanta tia tantã.
Tinha tanta anta antiga.
Tinha tanta anta que era tia.
Tinha tanta tia que era anta.

MOLENGA
Maria-mole é molenga.
Se não é molenga não é maria-mole.
É coisa malemolente, nem mala, nem mola, nem maria, nem mole.

NÃO CONFUNDA!
Não confunda ornitorrinco
Com otorrinolaringologista, Ornitorrinco com ornitologista,
Ornitologista com otorrinolaringologista,
Porque ornitorrinco é ornitorrinco,
Ornitologista, é ornitologista,
E otorrinolaringologista é otorrinolaringologista.

O DESENLADRILHADOR
Essa casa está ladrilhada.
Quem a desenladrilhará?
O desenladrilhador que a desenladrilhar,
Bom desenladrilhador será !

O tecelão
Tecelão tece o tecido
Em sete sedas de Sião
Tem sido a seda tecida
Na sorte do tecelão
Atrás da Pia
Atrás da pia tem um prato
Um pinto e um gato
Pinga a pia, apara o prato
Pia o pinto e mia o gato.

Sapo no saco
Olha o sapo dentro do saco
O saco com o sapo dentro
O sapo batendo papo
E o papo soltando vento.

Mafagafos
Um ninho de mafagafa
Com sete mafagafinhos
Quem desmafagaguifá
Bom desmafagaguifador será.

VELHO FÉLIX
Lá vem o velho Félix,
Com um fole velho nas costas,
Tanto fede o velho Félix,
Como o fole do velho Félix fede.

TEMPO
O tempo perguntou ao tempo,
Quanto tempo o tempo tem,
O tempo respondeu ao tempo,
Que não tinha tempo,
De ver quanto tempo,
O tempo tem.

SEU TATÁO
seu Tatá tá?
Não, o seu Tatá não tá,
Mas a mulher do seu Tatá tá.
E quando a mulher do seu Tatá tá,
É a mesma coisa que o seu Tatá tá,tá?

O Pintor Português
PAULO PEREIRA PINTO PEIXOTO,
POBRE PINTOR PORTUGUÊS,PINTA PERFEITAMENTE
PORTAS, PAREDES E PIAS, POR PARCO PREÇO, PATRÃO.

O Rato Roeu
O RATO ROEU A ROUPA DO REI DE ROMA,
O RATO ROEU A ROUPA DO REI DA RÚSSIA,
O RATO ROEU A ROUPA DO RODOVALHO…
O RATO A ROER ROÍA. E
A ROSA RITA RAMALHO DO RATO A ROER SE RIA.
A RATA ROEU A ROLHADA GARRAFA DA RAINHA.

O PINTO PIAA PIPA PINGA.
PINGA A PIPA, O PINTO PIA.
PIPA PINGA.
QUANTO MAIS O PINTO PIA MAIS A PIPA PINGA.

GATO ESCONDIDO
GATO ESCONDIDO COM RABO DE FORA
TÁ MAIS ESCONDIDO QUE RABO ESCONDIDO COM GATO DE FORA.

O SABIÁ
Sabia que o sabiá sabia assobiar?

PAPA PAPÃO
Se o papa papasse pão.
Se o papa papasse papa.
Se o papa papasse tudo,
Seria um papa papão.

O RATOO rato roeu a roupa,
Do rei de Roma. e a rainha, de raiva, roeu o resto

Bão BalalãoBão, babalão, Senhor Capitão,
Espada na cinta, Ginete na mão.

sábado, 2 de agosto de 2008

A linguagem infantilizada até onde compromete o desenvolvimento da criança?

Muitos pais acham engraçado quando o filho diz tasa no lugar de "casa" ou tem no lugar de "trem".Mas essa conversa em linguagem tatibitati pode ser menos inocente do que parece.

Falar errado atrapalha o desenvolvimento da criança, prejudicando o prendizado da língua e a alfabetização.

Quem nunca achou graça de uma criança dizendo "Manhê não chei onde ta meu tapato"?

E quantas vezes nós nos dirigimos às crianças usando esses mesmos termos infantilizados? Essa maneira carinhosa e aparentemente inofensiva de se comunicar com os pequenos pode colocar em risco seu desenvolvimento da fala e é também uma forma de subestimar sua capacidade intelectual. Ao utilizar palavras erradas, no diminutivo, em linguagem infantilizada, estamos fazendo com que a criança assimile o idioma de modo equivocado. A repetição, para a criança, é importante no processo de aquisição da linguagem. Falar com elas trocando e omitindo letras ou distorcendo palavras, tais como pepeta, papá, dedeira, pode atrapalhar muito. Esse procedimento reforça um padrão desciado do normal, provocando muitas vezes um distúrbio da fala.Esse distúrbio deve ser levado muito a sério, pois pode implicar outros comprometimentos. Para começar, pode induzir as crianças a transpor suas trocas orais para a linguagem escrita, durante a alfabetização. Pode também ter conseqüências nas relações sociais, uma vez que a criança se sentirá envergonhada diante dos amigos e de pessoas de seu convívio. Freqüentemente, essas crianças se tornam retraídas, tímidas e inseguras, evitando situações em que tenham que se expor.Qualquer alteração na linguagem deve ser detectada o mais cedo possível. Até os 4 anos, é natural que a criança troque ou omita alguns fonemas ao falar. Afinal, ela está numa fase de aquisição de vocabulário. Ao reproduzir essa linguagem, acabamos por perpetuá-la. A persistência dessas trocas após os 4 anos deve ser cuidadosamente avaliada por um fonoaudiólogo, que inclusive, poderá determinar se o tipo de erro pe relevante para um possível tratamento.É comum em nosso dia-a-dia o surgimento de acasos de crianças que apresentam esses problemas. È claro que nem sempre eles são provocados pela forma como os pais falam com seus filhos. Podem ter inúmeras causas, desde problemas neurológicos, perda auditiva, estimulação inadequada ou até mesmo falta de treino, pois muitos adultos "adivinham" o que a criança quer, dispensando seu esforço para falar.O papel dos pais é tão importante nesse processo que às vezes o tratamento consiste muito mais em orientá-lo do que em um trabalho específico com a criança.Cabe a eles, aprender como lidar com as trocas de sílabas e palavras que a criança faz. Não raramente, só com a mudança de comportamento dos pais já se pode observar uma melhora.

Foi o que aconteceu com um paciente de 3 anos que, além de falar pouco, o que falava não se podia entender. Os pais da criança trabalhavam em horário integral e ela ficava com a babá, que apesar de ser boa profissional não era de muita conversa. Os pais foram orientados para colocá-la numa escola e destinar algum tempo para estimulá-la através de brincadeiras, historinhas, fortalecendo o próprio vínculo familiar. Pode parecer uma coisa tola, mas tola é a nossa atitude diante dos pequenos, tratando-os como se fossem bobos. È necessário que os pais façam uma reflexão e avaliem o modo como se comunicam com seus filhos. Não falando de forma infantilizada, jamais repetindo palavras erradas, não chamando a atenção a todo o instante para seus erros, corrigindo-os de forma natural, dando o padrão correto.O melhor caminho para isso é lidar com ele sem se esquecer de que são inteligentes e tem muita capacidade de aprender. Conversar com eles é muito importante. Carinho e atenção continuam sendo extremamente necessários.


Isabel Aparecida Pochini Zecchini---Fonoaudióloga

Ensine o seu filho a perder!


É uma das grandes aprendizagens da vida. Saber perder e encarar a derrota com dignidade e bom-humor são gestos de maturidade. Saiba como ensinar o seu filho a dar este passo:
- Não espere que ele aprenda a perder de um dia para o outro. Se numa determinada situação de jogo, o seu filho estiver muito emocionado por ter perdido, espere um pouco enquanto ele se acalma.
- Diga-lhe que compreende aquele tipo de frustração e de raiva, mas que o facto de ter perdido não significa que ele «não vale nada».
- Ajude o seu filho a sentir-se melhor consigo próprio, explicando que a derrota nem sempre é culpa de uma só pessoa. Deixar passar um golo quando se está à baliza, por exemplo.
- Elogie as outras qualidades do seu filho.
- Ajude-o a ver as coisas em perspectiva: perder um jogo não é o fim do mundo e depressa ele esquecerá o que aconteceu.
- Explique-lhe que ele não precisa de ser tão duro e exigente consigo próprio.
- Encoraje-o a tentar novamente, mas sem lhe passar um sentimento de pressão pela vitória.
- Resista à tentação de querer resolver tudo por ele. O seu filho precisa de aprender a lidar com a derrota e a enfrentar as suas próprias dificuldades.
- Insista no ponto mais importante de todos: ganhar ou perder, o essencial é mesmo participar e divertir-se.

♥♥Os dez mandamentos do educador ♥♥


1- Amar a Deus, a criança, a vida.
2- Não se irritar em vão, ao contrário, ter paciência.
3- Guardar o respeito devido à personalidade infantil.
4- Honrar a virtude; dar sempre à criança o exemplo da caridade, da justiça, da humanidade.
5- Não matar a iniciativa e o entusiasmo infantil.
6- Ter a alma aberta aos ideais elevados e o coração sensível aos mais puros afetos.
7- Não se furtar aos trabalhos.
8- Não pôr dificuldade à manifestação espontânea das tendências e interesses infantis, mas, ao contrário, favorecê-los, para melhor dirigi-los.
9- Não pretender fazer tudo em um só dia. A educação é obra de persistência e continuidade. Em educação, perder tempo é, muitas vezes, ganhá-lo.
10- Não cobiçar elogios e honrarias, nem sequer compensação, mas trabalhar na certeza reconfortante de estar realizando obra de mérito e de contribuir para a felicidade dos homens e dos povos.