Muitos pais acham engraçado quando o filho diz tasa no lugar de "casa" ou tem no lugar de "trem".Mas essa conversa em linguagem tatibitati pode ser menos inocente do que parece.
Falar errado atrapalha o desenvolvimento da criança, prejudicando o prendizado da língua e a alfabetização.
Quem nunca achou graça de uma criança dizendo "Manhê não chei onde ta meu tapato"?
E quantas vezes nós nos dirigimos às crianças usando esses mesmos termos infantilizados? Essa maneira carinhosa e aparentemente inofensiva de se comunicar com os pequenos pode colocar em risco seu desenvolvimento da fala e é também uma forma de subestimar sua capacidade intelectual. Ao utilizar palavras erradas, no diminutivo, em linguagem infantilizada, estamos fazendo com que a criança assimile o idioma de modo equivocado. A repetição, para a criança, é importante no processo de aquisição da linguagem. Falar com elas trocando e omitindo letras ou distorcendo palavras, tais como pepeta, papá, dedeira, pode atrapalhar muito. Esse procedimento reforça um padrão desciado do normal, provocando muitas vezes um distúrbio da fala.Esse distúrbio deve ser levado muito a sério, pois pode implicar outros comprometimentos. Para começar, pode induzir as crianças a transpor suas trocas orais para a linguagem escrita, durante a alfabetização. Pode também ter conseqüências nas relações sociais, uma vez que a criança se sentirá envergonhada diante dos amigos e de pessoas de seu convívio. Freqüentemente, essas crianças se tornam retraídas, tímidas e inseguras, evitando situações em que tenham que se expor.Qualquer alteração na linguagem deve ser detectada o mais cedo possível. Até os 4 anos, é natural que a criança troque ou omita alguns fonemas ao falar. Afinal, ela está numa fase de aquisição de vocabulário. Ao reproduzir essa linguagem, acabamos por perpetuá-la. A persistência dessas trocas após os 4 anos deve ser cuidadosamente avaliada por um fonoaudiólogo, que inclusive, poderá determinar se o tipo de erro pe relevante para um possível tratamento.É comum em nosso dia-a-dia o surgimento de acasos de crianças que apresentam esses problemas. È claro que nem sempre eles são provocados pela forma como os pais falam com seus filhos. Podem ter inúmeras causas, desde problemas neurológicos, perda auditiva, estimulação inadequada ou até mesmo falta de treino, pois muitos adultos "adivinham" o que a criança quer, dispensando seu esforço para falar.O papel dos pais é tão importante nesse processo que às vezes o tratamento consiste muito mais em orientá-lo do que em um trabalho específico com a criança.Cabe a eles, aprender como lidar com as trocas de sílabas e palavras que a criança faz. Não raramente, só com a mudança de comportamento dos pais já se pode observar uma melhora.
Foi o que aconteceu com um paciente de 3 anos que, além de falar pouco, o que falava não se podia entender. Os pais da criança trabalhavam em horário integral e ela ficava com a babá, que apesar de ser boa profissional não era de muita conversa. Os pais foram orientados para colocá-la numa escola e destinar algum tempo para estimulá-la através de brincadeiras, historinhas, fortalecendo o próprio vínculo familiar. Pode parecer uma coisa tola, mas tola é a nossa atitude diante dos pequenos, tratando-os como se fossem bobos. È necessário que os pais façam uma reflexão e avaliem o modo como se comunicam com seus filhos. Não falando de forma infantilizada, jamais repetindo palavras erradas, não chamando a atenção a todo o instante para seus erros, corrigindo-os de forma natural, dando o padrão correto.O melhor caminho para isso é lidar com ele sem se esquecer de que são inteligentes e tem muita capacidade de aprender. Conversar com eles é muito importante. Carinho e atenção continuam sendo extremamente necessários.
Falar errado atrapalha o desenvolvimento da criança, prejudicando o prendizado da língua e a alfabetização.
Quem nunca achou graça de uma criança dizendo "Manhê não chei onde ta meu tapato"?
E quantas vezes nós nos dirigimos às crianças usando esses mesmos termos infantilizados? Essa maneira carinhosa e aparentemente inofensiva de se comunicar com os pequenos pode colocar em risco seu desenvolvimento da fala e é também uma forma de subestimar sua capacidade intelectual. Ao utilizar palavras erradas, no diminutivo, em linguagem infantilizada, estamos fazendo com que a criança assimile o idioma de modo equivocado. A repetição, para a criança, é importante no processo de aquisição da linguagem. Falar com elas trocando e omitindo letras ou distorcendo palavras, tais como pepeta, papá, dedeira, pode atrapalhar muito. Esse procedimento reforça um padrão desciado do normal, provocando muitas vezes um distúrbio da fala.Esse distúrbio deve ser levado muito a sério, pois pode implicar outros comprometimentos. Para começar, pode induzir as crianças a transpor suas trocas orais para a linguagem escrita, durante a alfabetização. Pode também ter conseqüências nas relações sociais, uma vez que a criança se sentirá envergonhada diante dos amigos e de pessoas de seu convívio. Freqüentemente, essas crianças se tornam retraídas, tímidas e inseguras, evitando situações em que tenham que se expor.Qualquer alteração na linguagem deve ser detectada o mais cedo possível. Até os 4 anos, é natural que a criança troque ou omita alguns fonemas ao falar. Afinal, ela está numa fase de aquisição de vocabulário. Ao reproduzir essa linguagem, acabamos por perpetuá-la. A persistência dessas trocas após os 4 anos deve ser cuidadosamente avaliada por um fonoaudiólogo, que inclusive, poderá determinar se o tipo de erro pe relevante para um possível tratamento.É comum em nosso dia-a-dia o surgimento de acasos de crianças que apresentam esses problemas. È claro que nem sempre eles são provocados pela forma como os pais falam com seus filhos. Podem ter inúmeras causas, desde problemas neurológicos, perda auditiva, estimulação inadequada ou até mesmo falta de treino, pois muitos adultos "adivinham" o que a criança quer, dispensando seu esforço para falar.O papel dos pais é tão importante nesse processo que às vezes o tratamento consiste muito mais em orientá-lo do que em um trabalho específico com a criança.Cabe a eles, aprender como lidar com as trocas de sílabas e palavras que a criança faz. Não raramente, só com a mudança de comportamento dos pais já se pode observar uma melhora.
Foi o que aconteceu com um paciente de 3 anos que, além de falar pouco, o que falava não se podia entender. Os pais da criança trabalhavam em horário integral e ela ficava com a babá, que apesar de ser boa profissional não era de muita conversa. Os pais foram orientados para colocá-la numa escola e destinar algum tempo para estimulá-la através de brincadeiras, historinhas, fortalecendo o próprio vínculo familiar. Pode parecer uma coisa tola, mas tola é a nossa atitude diante dos pequenos, tratando-os como se fossem bobos. È necessário que os pais façam uma reflexão e avaliem o modo como se comunicam com seus filhos. Não falando de forma infantilizada, jamais repetindo palavras erradas, não chamando a atenção a todo o instante para seus erros, corrigindo-os de forma natural, dando o padrão correto.O melhor caminho para isso é lidar com ele sem se esquecer de que são inteligentes e tem muita capacidade de aprender. Conversar com eles é muito importante. Carinho e atenção continuam sendo extremamente necessários.
Isabel Aparecida Pochini Zecchini---Fonoaudióloga
Poxa, eu adorei essa matéria pois meu filho troca o r pelo l e ele já esta com quatro anos, e a matéria me incentivou a procurar um fono. muito obrigada.
ResponderExcluirOi Aline
ResponderExcluirNão tenho seu e-mail, mas fico feliz em ajudá-la.
Qualquer dúvida, por favor me escreva que farei o que estiver ao meu alcance.
Abraços
ola ... meu filho tem 3 anos e faz muito isso sera q devo procurar uma fono? grata!
ResponderExcluirmeu email é
liamaramacedo61@gmail.com